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Aumenta a espera por atendimento do INSS

O tempo de espera dos segurados por atendimento no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aumentou nos últimos dois anos, segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as contas do governo em 2012.

A avaliação do tribunal constatou que o resultado das ações voltadas para melhorar a qualidade dos serviços do INSS ficou abaixo das metas no ano passado. O pior desempenho foi o da espera pela perícia médica, que saltou de 19 para 35 dias entre janeiro de 2011 e o mesmo mês deste ano.

Já o atendimento agendado -quando o segurado marca pela internet ou pela Central 135 para ir ao posto- está em 20 dias, um a mais do que há dois anos e cinco dias acima da meta estipulada pela Previdência.

O relatório mostra ainda que as concessões de benefícios estão demorando mais para sair. Em janeiro de 2011, o segurado que pedia um benefício esperava, em média, 26 dias pela resposta.

Neste ano, o prazo subiu para 30 dias, embora a meta do INSS fosse ter espera de 21 dias em dezembro de 2012.

Aumento na procura pelos serviços e falta de servidores estão entre as justificativas apontadas pela Previdência para a piora no atendimento.

FALHAS

Em 2012, o TCU analisou as pensões por morte e encontrou erros como filhas cadastradas como companheiras, filhos "inválidos" que continuavam trabalhando e benefícios registrados com CPF de terceiros, dentre outros. O TCU determinou que o INSS revisasse os benefícios com indícios de irregularidades.

Em nota, o INSS disse que está atuando para corrigir as falhas apontadas e que, na maior parte dos casos, isso não significará a interrupção de pagamentos, pois são erros de cadastro.

RESPOSTA

Segundo o INSS, a espera maior deve-se, principalmente, "pelo aumento na quantidade de atendimentos" agendados, que foi de 6% entre 2011 e 2012, bem como pela transição dos sistemas por outros mais modernos, o que registrou "lentidão e paradas" que prejudicaram o atendimento.

"O elevado número de evasões de servidores", "as sucessivas exonerações dos peritos" e o "baixo número de médicos que tomaram posse no último concurso" também contribuíram para os resultados. Nomeações e concursos foram retomados para a recomposição dos quadros, diz o INSS.

Segundo a nota, a espera pela perícia teve seu pico entre setembro e dezembro de 2012 e, neste ano, está em "franco declínio", em virtude de medidas como mutirões e deslocamento de peritos. O INSS diz ainda que, em abril, as esperas já eram menores: 29 dias para concessão e 20 dias para atendimento agendado e perícia.

 

Fonte: Folha S.Paulo