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Taxa pode comer metade do ganho do plano de previdência escolhido

O investidor precisa comparar as taxas cobradas pelas seguradoras nos planos de previdência antes de escolher um produto, pois os encargos podem corroer até metade do rendimento, segundo estimativas do mercado.

 

A principal taxa a ser considerada é a de administração, que incide anualmente sobre todo o patrimônio do fundo, não apenas sobre o ganho.

 

Conforme o plano, há também a de carregamento, que pode ser cobrada a cada aporte, resgate ou ambos.

 

A taxa de administração varia hoje de 1,2% ao ano a 4% ao ano, segundo levantamento feito pela Folha com Brasilprev, Bradesco Seguros e Previdência e Itaú Previdência -as três maiores seguradoras do país no segmento de previdência privada aberta, de acordo com a Fenaprevi, federação do setor.

 

Isso significa, por exemplo, que, caso o investidor acumule R$ 10 mil em um plano ao final de um ano, a taxa de administração pode "comer" de R$ 120 a R$ 400.

 

As taxas cobradas são menores quanto maiores o valor aplicado pelo investidor e o volume de recursos sob gestão no plano. "Os grandes aplicadores conseguem taxas melhores", diz o consultor Newton Conde, especialista em previdência.

 

No caso de planos mais antigos, as taxas de gestão são mais altas que as cobradas nos mais recentes, acrescenta Conde. "Por isso, há produtos com rentabilidade negativa", afirma.

 

REVISÃO PERIÓDICA

 

Para evitar frustração na hora de receber o benefício, o investidor deve procurar periodicamente sua seguradora para revisar seu plano, afirmam especialistas.

 

"É preciso consultar o gestor para avaliar a possibilidade de redução de taxa ou mudança de perfil do plano, para aplicações mais agressivas, por exemplo", diz o planejador financeiro Valter Police.

 

"Com a inflação em alta, o investidor pode ter que assumir um pouco mais de risco no plano para elevar a rentabilidade, como ter uma parcela maior dos recursos aplicada em ações", acrescenta.

 

Outra opção para reduzir o impacto negativo dos custos altos é mudar de plano ou mesmo de seguradora em busca de taxas menores -desde que seja mantido o tipo de produto escolhido anteriormente (PGBL ou VGBL).

 

Fonte: Folha de S. Paulo