IEPREV - Inflação do idoso, de 4,09%, superou demais faixas etárias

Bem-vindo Visitante

Inflação do idoso, de 4,09%, superou demais faixas etárias

As tarifas e preços administrados, como energia elétrica e planos de saúde, foram os itens que mais pressionaram o bolso do idoso no ano passado. É o que mostrou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao anunciar o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) de 2009, que subiu 4,09%.

Embora seja menos intenso do que o de 2008, quando avançou 6,35%, e a menor taxa em três anos, a inflação do idoso foi mais forte do que a sentida pela média dos consumidores de todas as faixas etárias, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mostrou elevação de 3,95% no ano passado.

O IPC-3i abrange famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. Entre os exemplos de aumentos expressivos de preços administrados no ano passado estão planos e seguro saúde (5,15%); e tarifas de energia elétrica residencial (5,44%). Para o economista da fundação e responsável pelo cálculo do indicador, André Braz, a inflação sentida pelo consumidor idoso em 2010 tende a ser mais intensa do que a apurada em 2009.

Isso porque os preços dos alimentos, que representam um terço do orçamento mensal do idoso e ajudaram a conter o avanço da inflação no ano passado, devem voltar a subir de forma expressiva este ano. Entre os destaques de quedas de preço em 2009 estão tomate (21,37%); feijão carioquinha (31,76%); e arroz branco (14,84%). “Não vejo espaço para quedas nos preços dos alimentos tão intensas como as registradas em 2009″, disse Braz.

A possibilidade de uma inflação mais intensa dos alimentos este ano pode ser contrabalanceada por outro fator: as tarifas e preços administrados devem subir menos ou até mesmo cair em 2010.

Esses preços serão reajustados por indicadores de preços acumulados referentes ao cenário de 2009, ano em que praticamente todos os índices inflacionários devem encerrar com resultados negativos ou pequenas altas.

Porém, o economista admitiu que não é possível saber se esse cenário de inflação menos pressionada por parte das tarifas e preços administrados será suficiente para conter provável avanço de aumento de preços dos alimentos em 2010.

Fonte: Portal ClippingMP