A performance ruim do mercado acionário e a queda das taxas de juros em 2011 derrubaram a performance de rentabilidade dos principais fundos de pensão brasileiros. De acordo com dados fornecidos pelo Núcleo Técnico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), até o final de setembro, a rentabilidade do setor estava em 4,43%, ante o total de 13,26% em 2010 e de 21,5% em 2009.Na projeção do diretor de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Edevaldo Fernandes da Silva, os fundos de pensão fecharam 2011 com patrimônio de R$ 600 bilhões. "Diante da rentabilidade negativa da renda variável, avaliamos que as entidades foram prudentes no ano, o que trouxe conforto às carteiras", avaliou Silva. Em 2010, o patrimônio das entidades era de R$ 565 bilhões, o que representa um crescimento projetado de 6% para o exercício de 2011. O diretor da Previc acredita que 2012 será melhor. "O investimento em títulos privados cresceu muito. E imóveis e investimentos estruturados devem responder com valorização, assim como a boa rentabilidade da carteira de financiamento de participantes", prevê Fernandes da Silva."Em 2003 e 2004, as fundações compravam muitos papéis que pagavam IPCA mais 13% ao ano, agora só conseguem papéis que cobrem IPCA mais 5,5% ao ano", explica o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Mario Amigo.
Fonte: DCI
