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PDT decide que votará contra a reforma da Previdência

Ciro Gomes diz que é necessário mostrar à população as 'perversidades' da proposta

BRASÍLIA - Em convenção nacional, nesta segunda-feira, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) decidiu que todos os parlamentares da sigla no Congresso Nacional deverão votar contra a proposta de reforma da Previdência . O deputado ou senador que votar a favor da proposta do governo Jair Bolsonaro pode ser punido.

Ciro Gomes não compareceu à reunião da sigla, mas enviou um vídeo no qual afirma ser necessário mostrar à população “as perversidades” da reforma da Previdência.

— É um momento de preparar e ajustar a tática para os primeiros enfrentamentos práticos, objetivos, como ajudar o povo a entender as perversidades tremendas que estão entranhadas nas 66 páginas da reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro — disse Ciro, que afirmou não estar presente por “um compromisso inadiável no Ceará”.

Na avaliação do PDT, foi necessário fechar questão contra a reforma para marcar posição no que o partido classifica como “luta contra os retrocessos”.

O PDT tem 28 deputados federais e quatro senadores. Para aprovar a reforma na Câmara, são necessários os votos de, no mínimo, 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação. No Senado, são 49 votos de 81 senadores, também em duas votações.

A decisão do partido deve mudar as articulações em torno da formação da comissão especial que irá discutir a reforma da Câmara. O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), economista da campanha presidencial de Ciro Gomes, aparecia como forte candidato para assumir a presidência do colegiado.

A vice-presidente nacional do PDT, Miguelina Vecchio, defendeu que os parlamentares que votarem a favor da reforma da Previdência sofram punições mais duras. Ela sugeriu que parlamentares que não sigam a orientação da sigla não devem ser beneficiários, por exemplo, com o fundo partidário.

— Se isso acontecer (de votarem a favor da Previdência), temos que cortar na carne. Aqui, o que segue orientação do partido deve ter um tratamento e o que não o faz deve ter outro — disse a dirigente.

Fonte: O Globo