Bem-vindo Visitante

Relator diz ser contra desidratar a Previdência, mas que comissão é soberana

Relator da proposta de reforma da Previdência na comissão especial, o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) disse ao blog ser contra desidratar o texto enviado pelo governo e que vai trabalhar para “corrigir injustiças”. Segundo ele, a comissão especial – instalada na semana passada para discutir o tema – e a Câmara dos Deputados são "soberanas".

“Sou contra desidratar a Previdência, vamos trabalhar para corrigir injustiças. Vou fazer de tudo para não desidratar [o texto], mas a comissão especial é soberana. A Câmara dos Deputados é soberana. Tenho essa preocupação fiscal, uma preocupação social grande, para não atingir os que mais precisam”, disse o deputado, que é o relator da reforma na comissão especial.

Nesta terça-feira (30), o deputado e o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), vão se reunir em Brasília para estabelecer um cronograma de trabalho. Eles vão discutir os próximos passos na comissão, como as audiências públicas com especialistas e integrantes do governo para debater a previdência. “Não quero adiantar porque depois tudo vira polêmica, mas vamos provavelmente ter esses debates com especialistas mais relacionados ao tema”, disse.

Sobre se concorda com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que a comissão deve durar uns dois meses, o relator disse: “Posso adiantar que Maia vai ser amplamente ouvido por nós. Ele vai ter peso nas nossas conversas”.

Samuel Moreira afirmou também que há “zero conclusão” de sua parte sobre a manutenção da Previdência dos estados dentro da proposta em discussão na Câmara. “Vou ouvir os deputados, é um debate”. Para o deputado, "é muito cedo" para dar uma previsão sobre a votação da proposta. "Vamos conversar com deputados, com o governo. Estou fazendo conta, passei sexta, sábado e domingo mergulhado nos dados, lendo a PEC, vendo os impactos fiscais. Existem outros dados que quero saber para calcular como se mantém a robustez do processo”, disse.

Fonte: G1