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Brasileiros são obrigados a continuar na ativa por mais de sete anos, para completar INSS

Aposentado há uma década e meia, Fernando Henrique Soares, de 74 anos, continua como vendedor na Casa Cabana, uma tradicional loja de chapéus e acessórios no Centro de Belo Horizonte, por dois motivos: complementar a baixa renda garantida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e porque avalia que ainda tem muita disposição para contribuir com a economia do país. “O benefício recebido do INSS corresponde a pouco mais de um salário mínimo (R$ 678). Preciso, portanto, permanecer na ativa. E também não gosto de ficar parado”, reforçou o homem, cuja história ajuda a ilustrar um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Batizada de Envelhecimento populacional, perda de capacidade laborativa e políticas públicas, a pesquisa constatou que os homens brasileiros que recebem a aposentadoria por tempo de contribuição podem “esperar passar”, em média, mais sete anos e três meses trabalhando. No caso das mulheres, cinco anos e quatro meses. Em outras palavras, as autoras do texto – Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, e as bolsistas Solange Kanso e Daniele Fernandes – concluíram que “os trabalhadores brasileiros começam a receber o benefício da Seguridade Social antes de perderem a capacidade de trabalhar”.

 

Fonte: em.com.br